Após uma rápida passada numa escola na sexta-feira, acordei no outro dia sem um pingo de disposição para enfrentar o 2º dia de Segue-Me. Não sei o que passava na minha cabeça, mas parecia que as pessoas à minha volta, depois do que ocorreu nos dias anteriores, não estavam querendo minha presença. Eu me sentia como se eu fosse apenas um enche-linguiça no meio de um grupo de jovens participando de um encontro. Mesmo assim eu fui me encontrar com eles naquele dia.
Passados alguns minutos, entrei dentro daquela escola e todo esse sentimento de desprezo por mim mesmo estava sumindo aos poucos. Em meio a tantas coisas que acontecia, um sorriso me fez pular de alegria e mudar completamente a minha cabeça. Aquele, sim, era o melhor fim de semana da minha vida.
Com sentimentos e emoções diferentes, com a cabeça erguida e, às vezes, cumprimentando todos (fica calmo, foi bem pouco. Milagres não acontecem com tanta frequência assim), voltei ao ponto inicial quando encontrei um obstáculo mais a frente: em um dado momento, todos os jovens tinham que se olhar e, logo após, se abraçar. Como as pessoas que estavam ao meu lado tinham amigos ao lado delas, eu fiquei meio (na verdade inteiro) Forever Alone. Ainda assim, uma garota que, talvez, nunca tinha me visto, nunca tinha falado comigo e nunca tinha recebido nada de mim pediu que eu me levantasse e desse um abraço nela. A importância disso nem eu sei dizer, mas foi imensa.
O sábado passou, o domingo marcou e a segunda-feira mais parecia sexta. Apesar do fim de semana ter sido, como disse, o melhor da minha vida, aquela segunda-feira marcava o começo de uma saga tortuosa onde a chama viva de Cristo tentava me mudar. Recebi uma quase inesperada visita de meus tios, que trabalharam no encontro. A primeira motivação daquele dia para que essa chama acendesse numa vela infinita.
Já que segunda não teve aula, tive 24 horas para treinar como seria minha mudança diante meus amigos no dia seguinte. Não treinei. Na realidade, estava tão feliz e empolgado com tudo o que acontecera que quis que fosse tudo espontâneo quando chegasse na escola, e foi. Eu tinha mudado e meus colegas perceberam isso, porém restava mais uma característica nessa mudança que não foi planejada, e isso ia me mudar novamente...
Assim termina o segundo episódio da série Simplesmente Mudar, no SiDiscute, que contará com planejados 5 capítulos. Não sei se pode proceder, mas vos aconselho a ficarem ligados nos próximos episódios, pois muitas surpresas ainda virão nessa história...
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